Vicente Trindade, natural de Castelo Branco, diplomou-se em Dança pelo Conservatório Nacional de Lisboa, onde estudou com a professora Margarida de Abreu. Frequentou igualmente o Centro de Estudos de Bailado segundo orientação de Anna Ivanova e David Boswell.
A sua carreira artística iniciou-se em Portugal e continuou no estrangeiro em diversas companhias, nomeadamente: Grand Théâtre de Tours, Ópera de Nice, Ópera de Lyon, Ballet da Ópera de Monte Carlo, Groupe de Danse Contemporaine de Paris, participando também em diversos Festivais Internacionais como os de Bagnolet e das Areans de Cimiez, dançando em grande parte dos bailados do reportório Académico-Clássico e Contemporâneo.
A sua passagem pela Companhia Nacional de Bailado ficou marcada como intérprete de papéis de composição dos quais se destacam os dos bailados: ?Baile dos Cadetes?, ?Romeu e Julieta?, ?La Sylphide? e ?O Quebra-Nozes?.
Como coreógrafo ou assistente coreográfico, tem colaborado com o Teatro Nacional de São Carlos e outras companhias de Teatro na realização dos seus programas. Com a RTP e com a Radiotelevisão Francesa (Antenne 2) coreografou para séries televisivas e para diversos filmes nacionais e estrangeiros.
Efectua estudos de investigação sobre a recolha e a composição de Danças Históricas ou Pré-Clássicas, tendo realizado estágios de aperfeiçoamento técnico e estilístico com professores de reconhecido mérito mundial no domínio da Dança de Carácter e da Dança Histórica. Desloca-se frequentemente ao estrangeiro onde participa em Congressos e Estágios de Dança Histórica.
Foi Director de Cena, Mestre de Dança e Movimento no Teatro Nacional de São Carlos. Como docente, destaca-se o seu trabalho nas disciplinas de Dança Histórica, Dança de Carácter e História da Dança no Centro de Formação de Bailarinos da Companhia Nacional de Bailado, na Escola Técnica de Profissionais de Bailado e outros centros de formação artística onde desenvolve workshops. No âmbito da Dança Social, realiza frequentemente a preparação de bailes sociais (bailes de debutantes).
Em 1985, fundou a Academia de Dança Antiga de Lisboa, no seguimento das comemorações do 3º Centenário do nascimento de J. S. Bach, que tem vindo a revelar-se no panorama artístico e cultural Nacional com maior destaque desde 1991, onde exerce as funções de Director Artístico, Mestre de Dança e Investigador.
Com o nome artístico de António de Oliveira Pinto assina habitualmente a cenografia e os figurinos da Academia de Dança Antiga de Lisboa.