Fundada em 1985, no seguimento das comemorações do 3º Centenário do nascimento de J. S. Bach, a Academia de Dança Antiga de Lisboa (ADAL) tem vindo a revelar-se no panorama artístico e cultural nacional com maior destaque desde 1991.
A ADAL reúne um número de pessoas cujo interesse comum se baseia na prática da Dança Antiga, tendo como base o trabalho de estudo e investigação. Oriundos de diversas áreas artísticas, ou simplesmente sem preparação artística específica no campo da Dança, os seus elementos desenvolvem na Academia a aprendizagem de técnicas e estilos, base de uma formação académica indispensável.
Fazendo parte dos seus objectivos a divulgação desta forma de dança, quase desconhecida entre nós, a Academia tem actualmente preparado os vários programas aqui apresentados.
Mantendo uma política de abertura, pretende-se que a sua actividade se desenvolva numa colaboração pluridisciplinar, proporcionando a permuta de conhecimentos e experiências necessários à sua actividade.
Ao longo dos anos de actividade, o curriculum da ADAL é bastante vasto. A participação em eventos organizados por Câmaras Municipais como Cascais, Castelo Branco, Évora, Mora, Oeiras, Portalegre, Santarém, Viseu, etc. Outras Instituições como o Centro Regional das Artes do Espectáculo das Beiras e o Teatro Viriato, o Museu da Água, o Museu Nacional da Arte Antiga, o Palácio Nacional da Ajuda, a Fundação Eugénio de Almeida, a Associação Professores de História, entre muitos outros.
Tem tido o privilégio de apresentar o seu trabalho em salas de espectáculo de referência nacional como o Coliseu dos Recreios, o Teatro de S. Luís, o Teatro Camões e o Teatro Nacional de S. Carlos. Destacam-se os espectáculos de recriação histórica realizados com a produção de Há Cultura e a colaboração com nomes importantes da música nacional como Pedro Caldeira Cabral, Fundação Musical dos Amigos das Crianças, a Orquestra Capela Real ou a Orquestra do Salão Jardim Passos Manuel do Coliseu do Porto.
Tem igualmente deixado a marca ADAL em filmes estrangeiros (La Reine Margot, 1994) e em séries televisivas nacionais (O Processo dos Távoras, 2001; Pedro e Inês, 2005). Assim como a participação em Óperas (Don Giovanni, W. A. Mozart, Festival Rota dos Monumentos, 2006).
Como projecto em desenvolvimento, tem esta Academia a pretensão de serem criadas novas infra-estruturas e condições para o desenvolvimento concreto de diversas actividades dentro do seu carácter multidisciplinar da História da Dança. Partindo desta base fundamental, será de intenção primária o incentivo e a continuada investigação na área, com a criação de um centro de documentação/biblioteca, com acessibilidade a todos os curiosos e investigadores.
A vertente prática continuará a ter o seu reconhecimento na produção de espectáculos de recriação das diferentes épocas num ambiente multifacetado das artes performativas e na participação em projectos externos onde a dança histórica se enquadre.